Ciclos de Evolução – Alexander Ruperti
De 42 a 49 anos: Nível Sócio-Cultural – Vida rotineira e submissão passiva às coisas conforme se apresentam, ou necessidade de fazer uma revisão ativa na atitude para com as pessoas mais íntimas. Esforço para realizar um novo começo na vida.
Esta fase do ciclo de vida corresponde ao período de 7 anos que vai dos 21 anos aos 28 anos de idade, que é também um nível social. Astrologicamente, ambos os períodos são marcados por trânsitos de Saturno e Urano.
No primeiro período, estes aspectos foram quadraturas [90°], simbolizando a natureza extrovertida dessa época. O adulto que estava emergindo foi para o mundo, casou-se provavelmente, estabeleceu-se socialmente e criou seus próprios relacionamentos interpessoais.
Neste último período, os aspectos de Saturno e Urano são oposições, indicando antes percepção do que ação. A oposição de Urano ocorre no começo deste período de 7 anos, e logo depois, aos 45 anos aproximadamente, Saturno se opõe à sua própria posição natal pela segunda vez.
Deste modo, o principal desafio que a pessoa encontra neste período de 7 anos é a necessidade de descobrir o verdadeiro significado e valor dos seus relacionamentos interpessoais e sociais.
O estabelecimento de uma nova atitude para com os nossos relacionamentos poderá exigir o rompimento de certos padrões habituais de muitos anos de duração. As pressões da família, os negócios e as considerações sociais já não precisam ditar a seleção dos nossos amigos.
As motivações extrovertidas, para a conservação dos relacionamentos, muitas vezes já não se aplicam mais; portanto, deve ser encontrado um valor pessoal para esses relacionamentos. Um casamento que foi mantido “por causa das crianças” dissolver-se-á quando essas crianças crescerem e deixarem o lar, a menos que seja encontrada uma raison d’etre verdadeiramente pessoal.
Do mesmo modo, um relacionamento, originalmente formado porque faria progredir nossa carreira ou nossa posição social, perde o significado com a percepção de que provavelmente já subimos tão alto quanto poderíamos subir na escala dos negócios ou da posição social.
Os problemas que surgem durante este período de 7 anos baseiam-se num sentimento de solidão que se torna cada vez mais difícil de suportar. Para compensar esta sensação de isolamento, a pessoa poderá tentar fugir para um mundo de sonho (óperas sentimentais, novelas românticas e coisas que tais), poderá se afundar no seu trabalho ou nas atividades sociais, poderá lançar-se em alguma aventura heróica ou até mesmo fugir de casa e começar a vida num outro lugar.
Os problemas que surgem durante este período de 7 anos baseiam-se num sentimento de solidão que se torna cada vez mais difícil de suportar. Para compensar esta sensação de isolamento, a pessoa poderá tentar fugir para um mundo de sonho (óperas sentimentais, novelas românticas e coisas que tais), poderá se afundar no seu trabalho ou nas atividades sociais, poderá lançar-se em alguma aventura heróica ou até mesmo fugir de casa e começar a vida num outro lugar.
Uma corrente subterrânea que percorre todo esse período – uma sensação geral de “última chance”. A pessoa poderá descobrir que está se agarrando compulsivamente ao amor como se ele fosse o anel de cobre de um carrossel que nunca mais voltará a girar. Os transtornos emocionais que acompanham o “apaixonar-se” precipitam uma nova espécie de crise adolescente.
Enquanto o adolescente está amando o amor, as pessoas que estão nos seus quarenta anos procuram o amor para absorver ou apagar uma sensação de fracasso. Essa arremetida para um recomeço, para encontrar o amor antes que seja tarde demais, pode resultar numa grave perturbação emocional cujas conseqüências poderão ser trágicas.
Embora a onda de vida descendente tenha começado, realmente, no período de 7 anos anterior a este, é só depois da idade de 42 a 49 anos que a pessoa tem percepção consciente de que está na segunda metade da vida.
Embora a onda de vida descendente tenha começado, realmente, no período de 7 anos anterior a este, é só depois da idade de 42 a 49 anos que a pessoa tem percepção consciente de que está na segunda metade da vida.
Conforme ela vê o desaparecimento da geração dos seus pais e o envelhecimento da sua própria geração, subitamente um dia vem a compreensão de que ela pertence à geração mais velha. Caso uma pessoa esqueça, por um momento, a realidade da sua idade, seus próprios filhos crescidos e os meios de comunicação social lhe servirão como um lembrete constante. A reação natural e imediata é a negação.
Muitas pessoas tentam prolongar a juventude imitando os maneirismos e o estilo das roupas e da conversa dos jovens, e algumas até mesmo rejeitam a associação com aqueles que são mais velhos do que elas, como se envelhecer fosse uma doença contagiosa.
Na faixa dos quarenta anos, a pessoa repara que seu corpo está perdendo, pouco a pouco, sua energia e sua resistência e que ela já não pode depender dele automaticamente, como fazia no passado. Isso provoca uma grande dose de ansiedade e resulta numa preocupação com o corpo – a aparência que ele tem, o que ele sente e como se comporta.
Na faixa dos quarenta anos, a pessoa repara que seu corpo está perdendo, pouco a pouco, sua energia e sua resistência e que ela já não pode depender dele automaticamente, como fazia no passado. Isso provoca uma grande dose de ansiedade e resulta numa preocupação com o corpo – a aparência que ele tem, o que ele sente e como se comporta.
Devido ao fato de que, segundo os padrões de crença da maioria das pessoas, o corpo está tão intrinsecamente ligado à capacidade de amar e ser amado, essa preocupação com o corpo muitas vezes é experimentada no nível do relacionamento, o enfraquecimento da potência sexual de um homem pode levá-lo a procurar a companhia de uma mulher mais jovem, como uma prova da sua virilidade. Para uma mulher, o problema é completamente diferente.
Seu impulso sexual poderá ser mais forte na faixa dos quarenta anos do que nos anos anteriores; todavia, desde que ela sempre foi julgada sexualmente em função da sua desejabilidade, o aparecimento de rugas, de pele flácida e de outros sinais externos de envelhecimento são igualmente traumáticos. A crescente percepção do declínio físico aponta a necessidade de uma mudança básica na sua atitude para com os outros e também para consigo mesma.
Por mais que o indivíduo tente, suas soluções extrovertidas já não mais se aplicam. Em alguma época durante este período, ele deve chegar à compreensão de que não vai ficar mais forte, mais rico ou melhor – que ele subiu tão alto quanto poderia subir. O exterior está começando a se deteriorar ; portanto,o melhor é começar a se concentrar no interior.
Todavia, isto não é a doença da idade, porém a sua recompensa; à medida que a vitalidade física começa a declinar, há um desenvolvimento complementar dos poderes internos. O corpo declina, conforme deve acontecer com todos os organismos naturais, enquanto que as energias da personalidade se concentram na mente e na alma do indivíduo. A capacidade mental pode permanecer forte como sempre foi e, no caso de o indivíduo ter alcançado a maturidade psicológica, tornar-se-á ainda maior.
Somente nas vidas em que o medo e a aflição emocional impedem a pessoa de mudar suas atitudes, fazendo com que ela se rebele insensatamente contra o processo de envelhecimento, somente nesses casos é que a mente também se cansa. De fato, é antes o ego que se cansa, e não a mente; o ego desiste quando é desafiado pela necessidade de uma mudança básica nos seus pontos de vista ou quando é intimado a dar um passo desconhecido numa nova direção.
Somente nas vidas em que o medo e a aflição emocional impedem a pessoa de mudar suas atitudes, fazendo com que ela se rebele insensatamente contra o processo de envelhecimento, somente nesses casos é que a mente também se cansa. De fato, é antes o ego que se cansa, e não a mente; o ego desiste quando é desafiado pela necessidade de uma mudança básica nos seus pontos de vista ou quando é intimado a dar um passo desconhecido numa nova direção.
Ele é derrubado não pelo corpo, mas pelos padrões de pensamento fixos e habituais pendurados como um fardo esmagador ao redor do seu pescoço. Se, na faixa dos quarenta anos uma pessoa alcançou o estado de integração da personalidade e libertou-se das exigências inconscientes das suas crenças, então este período de 7 anos pode assinalar o momento de uma verdadeira iluminação do espírito ou de alguma mudança profunda na orientação positiva da sua vida.